
Foto: Bairro Emboguaçú e o resultado do trânsito irregular de caminhões.
Diz a lenda que um velho dirigente soviético, ao deixar o posto, escreveu duas cartas a seu sucessor. A instrução era para que a primeira fosse aberta na primeira grande crise do governo. A outra carta deveria ficar para a grande crise seguinte.
O novo ocupante do cargo seguiu à risca. Na primeira vez em que seu posto esteve sob perigo, abriu o envelope número um. Lá, encontrou uma única frase: “Ponha a culpa em mim”. Seguiu a dica.
Tempos depois, veio a segunda crise. Curioso para ver qual seria a saída desta vez, o dirigente abriu o segundo envelope. A instrução dessa vez era diferente. Dizia o seguinte. “Sente-se, pegue dois envelopes e comece a escrever”.
A moral da história é simples. Colocar os erros na conta do antecessor (ROQUE) funciona por um tempo. Depois de ter tido a sua chance de mudar o panorama, o governante não tem o direito de ficar eternamente amparado na muleta dos problemas estruturais – ou da herança recebida.
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